ESTUDO DE UM CASO DE GLOMERULONEFRITE MEMBRANOPROLIFERATIVA SECUNDÁRIA AO VÍRUS DA HEPATITE B NO OESTE DO PARANÁ

Autores

  • Eduardo Miguel Prata Madureira
  • Douglas Rafael Ertel
  • Aline Ferreira Leite Revers

Resumo

A Hepatite B é uma doença viral causada pelo vírus HBV que possui tropismo pelas células hepáticas. A doença pode ser adquirida através do contato com sangue e outros fluidos corporais contaminados e a gravidade da mesma varia de acordo com as características imunológicas dos pacientes e das cepas virais. A forma aguda na maioria dos casos é assintomática, 20% dos casos desenvolvem a forma ictérica e apenas 0,2% evoluem para hepatite fulminante, um quadro de alta letalidade. Os principais sintomas são fadiga, náuseas, mal-estar, anorexia, adinamia, febre e os casos ficam bem caracterizados quando há presença de colúria, hipocolia fecal e icterícia. Durante essa fase os pacientes podem desenvolver anticorpos e eliminar os vírus circulantes ou então desenvolver a forma crônica da doença que dentre as principais complicações estão a cirrose, descompensação hepática e carcinoma hepatocelular. A associação entre a infecção crônica pelo HBV e doenças renais foi descrita pela primeira vez em 1971 e até então pouco se sabe sobre os eventos que levam a injúria renal, porém está claro que há mecanismos imunológicos envolvidos na maioria das glomerulopatias. A glomerulonefrite membranoproliferativa (GNMP) é caracterizada por alterações na membrana basal glomerular, na proliferação das células glomerulares e na infiltração leucocítica, principalmente do mesângio mas podendo afetar as alças capilares. A GNMP é responsável por 10 a 20% dos casos de síndrome nefrótica (proteinúria massiva com perda diária de 3,5g ou mais de proteínas, hipoalbuminemia com níveis plasmáticos de albumina menores que 3 g/dL, edema generalizado, hiperlipidemia e lipidúria).

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Publicado

2019-02-15

Edição

Seção

Saúde e Biológicas