QUALIDADE DO PRÉ-NATAL E FATORES QUE INTERFEREM NA TRANSMISSÃO VERTICAL DA SÍFILIS: ANÁLISE DOS CASOS DE CASCAVEL/PR

Autores

  • Rubens Griep
  • Aline Krampe Peres
  • Michel Roberto Mandotti
  • Francilayne Moretto dos Santos
  • Luciana Regina Rodrigues Tavares

Resumo

Objetivo: O artigo tem como tema os cuidados de saúde no pré-natal e por finalidade analisar os casos de sífilis congênita, considerando ser um evento sentinela, que representa diretamente a qualidade do pré-natal e obriga a investigação retrospectiva dos casos para obter informações sobre a assistência prestada e propor medidas pertinentes. Metodologia: Estudo observacional, descritivo, analítico, retrospectivo, realizado de maneira transversal, para avaliar a qualidade da assistência pré-natal utilizando informações colhidas no Protocolo de Investigação de Transmissão Vertical do Ministério da Saúde dos casos de sífilis congênita confirmados em Cascavel/PR entre 2015 e 2016. Resultados: Dos 35 casos notificados de sífilis congênita, observou-se que 88,57% das gestantes realizaram o pré-natal, e que 71,43% dos diagnósticos foram realizados durante esse pré-natal. Aferiu-se que, das gestantes que realizaram seis ou mais consultas, sendo prestada em 93,55% dos casos em serviços públicos. Porém, mais da metade (61,29%), iniciaram o acompanhamento tardiamente. Além disso, 51,60% realizaram apenas um ou nenhum exame de sorologia para sífilis na gestação, e em menos da metade dos casos (41,93%) o parceiro foi chamado.  Mais da metade (51,61%) dos casos houve prescrição incorreta do tratamento. Conclusão: A avaliação dos dados observados demonstra haver acesso a atenção pré natal, porém a maior parte dos casos identificados ocorreu por inadequadas condutas relacionadas a diagnóstico ou tratamento, sendo, portanto fundamental investir em capacitação da equipe para garantir qualidade no cuidado.

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Publicado

2019-02-15

Edição

Seção

Saúde e Biológicas