ASPECTOS SOCIAIS, AMBIENTAIS, ECONÔMICOS E POLÍTICOS DO ETANOL NO BRASIL

Autores

  • Thalyta Mayara Basso
  • Danieli Sanderson Silva
  • Karine Natani Lupatini
  • Cleber Antonio Lindino

Resumo

Devido à crescente influência econômica decorrente dos elevados níveis do preço do petróleo e à dependência desse produto de regiões politicamente problemáticas do mundo, vem ocorrendo a difusão cada vez maior dos biocombustíveis, dos quais o etanol se destaca. Existe uma preocupação quanto à possibilidade de que a expansão do cultivo da cana ocorra em áreas de vegetação nativa ou de cultivo de alimentos, implicando em problemas sociais e ambientais, além de efeitos sobre a disponibilidade de alimentos e a elevação destes no mercado consumidor. O uso do etanol em automóveis reduz significativamente a geração de gases potenciais do efeito estuda e, para tornar a cadeia produtiva do etanol mais sustentável, os produtores de cana estão aderindo à colheita mecanizada, na qual a queima da cana crua é eliminada. Destaca-se ainda a preocupação com o uso da água nas plantações de cana, principalmente em regiões onde o solo é naturalmente seco e a irrigação mecanizada necessita ser aplicada. Em contrapartida, no âmbito social, o setor sucroalcooleiro apresenta indicadores melhores em relação à geração de empregos do que outros setores. O etanol ainda é precificado em comparação ao açúcar, e não diretamente pelo preço dos derivados do petróleo, dificultando a comparação no ato da compra. Consoante a isso, a produção de açúcar e etanol são influenciadas pelas necessidades do mercado externo, dando-se preferência às importações. Portanto, apesar do Brasil se destacar entre os demais países do globo na produção do etanol, muitos aspectos devem ser revistos para que a eficiência dos processos seja atingida e o país possa melhor se beneficiar da sua própria produção.

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Publicado

2016-12-07

Edição

Seção

Sociais e Humanidades