AVANÇOS TERAPÊUTICOS EM HIPERCORTISOLISMO HUMANO COMO POTENCIAIS CANDIDATOS PARA TRATAMENTO EM PEQUENOS ANIMAIS: PERSPECTIVAS FUTURAS

Resumo

Introdução: O hipercortisolismo caracterizado pelo excesso de cortisol, afeta humanos e pequenos animais. O tratamento tradicional em pequenos animais envolve medicamentos como trilostano, mas novos avanços, como osilodrostat e levocetoconazol, mostram potencial para alternativas mais eficazes e com menos efeitos colaterais. Objetivos: Este estudo visa analisar novos medicamentos para o tratamento da síndrome de Cushing, utilizando ensaios clínicos recentes para identificar opções terapêuticas promissoras em comparação aos tratamentos convencionais. Metodologia: Realizou-se uma revisão sistemática na PubMed e SciELO, limitada a estudos clínicos randomizados publicados entre 2013 e 2023. Foram incluídos estudos que investigaram novos medicamentos para a síndrome de Cushing, excluindo tratamentos já estabelecidos como trilostano e mitotano. Resultados: Resultados de ensaios como LOGICS e SONICS mostraram que o levocetoconazol é capaz de normalizar o mUFC em pacientes com síndrome de Cushing, com eventos adversos comuns como náuseas e hipocalemia, mas sem novos riscos identificados. O osilodrostat, por sua vez, revelou-se altamente eficaz com estudos como LINC 2 e estudos de fase III mostrando taxas significativas de normalização do mUFC e melhorias nos sinais clínicos de hipercortisolismo. Conclusão: Novos medicamentos apresentam promessa significativa no tratamento da síndrome de Cushing em humanos, com potencial para serem adaptados para uso veterinário. Estes avanços não apenas oferecem alternativas terapêuticas mais eficazes, mas também incentivam o desenvolvimento de futuras pesquisas para melhorar o manejo clínico e a qualidade de vida dos pacientes caninos afetados pelo hipercortisolismo.