RASTREIO DA PREVALÊNCIA DE DOENÇA CELÍACA EM UMA POPULAÇÃO DE PACIENTES COM DIABETES MELLITUS TIPO
Resumo
Objetivo: Avaliar a prevalência de doença celíaca em pacientes com diagnostico prévio de Diabetes Melittus tipo 1 (DM1) através da dosagem de anticorpo antitransglutaminase tecidual IgA. Sujeitos e métodos: a população estudada constituiu-se de portadores de DM1 em acompanhamento em serviço público de saúde do município de Cascavel – Paraná. Foram analisados os seguintes parâmetros: gênero, idade atual, idade ao diagnostico, tempo de diagnóstico e controle metabólico do diabetes (última hemoglobina glicada). Foram encaminhados 49 pacientes para avaliação laboratorial com o objetivo de detectar a presença de anticorpos marcadores de doença celíaca. Resultados: Um paciente foi excluído da amostra por apresentar deficiência de IgA, o que poderia representar um falso negativo, e outros dois por não comparecerem a coleta. 54,34% dos pacientes eram do sexo masculino, a média de idade no momento da avaliação foi de 28,55 ± 10,63 anos (7 a 57), com a idade ao diagnóstico de 19,77 ± 10,31 anos (3 a 45), e o tempo médio de duração da doença de 9,08 ± 5,84 anos (0,2 a 26). A média da IgA sérica foi de 252,11 ± 91,83 mg/dL(108,7 a 495,7), o anticorpo antitransglutaminase apresentou valores médios de 3,03 ± 10, 26 U/mL (0,1 a 63), os mesmos foram positivos em 6,52% da amostra (3/46). Conclusão: Atendendo à freqüência e ao prognóstico inerente à DC, a necessidade de realizar rastreio em pacientes com DM1 é enfatizada. Os resultados observados sugerem fortemente que os portadores de DM1 devem ser conduzidos como um grupo de risco para DC, com o intuito de prevenir as possíveis complicações dessa patologia quando não tratada.