PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA HANSENÍASE NO MUNICÍPIO DE CASCAVEL/PR NO PERÍODO DE 2001-2015

Autores

  • Eduardo Miguel Prata Madureira
  • Larissa Elisa Marin
  • Ricelli Laís Simongini
  • Tamires Conte Vicenzi Casagrande
  • Édina Regina Saggin Weschter
  • Leandra Ferreira Marques Nobre

Resumo

A hanseníase representa um importante problema de saúde pública no Brasil, sendo o segundo país mais endêmico do mundo. Embora curável, por vezes subdiagnosticada, as lesões cutâneas e neurais da doença podem resultar em incapacidades físicas e funcionais, interferindo na vida social e produtiva dos doentes. Nessa perspectiva, o conhecimento das variações epidemiológicas é indispensável para fundamentar estratégias de controle. O objetivo desse artigo é retratar o perfil epidemiológico de Cascavel-PR de 2001-2015, segundo dados da ficha de notificação do SINAN presentes na Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde. Para a construção dos indicadores, utilizou-se informações do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Os dados evidenciam um coeficiente de detecção de casos novos com média de 14,27 casos por 100.000 habitantes, prevalência de 2013 a 2015 inferior a 1 caso por 10.000 habitantes. A idade média dos doentes foi de 48 anos, a maioria foi do sexo masculino (57,67%) e 74% da raça/cor branca. Quanto à forma clínica houve predominância da dimorfa e virchowiana totalizando 68,88%, seguido da tuberculoide com 16,29% e indeterminada representando 14,81% dos casos. Em relação a classificação operacional a média é de 77% de casos multibacilares. A incapacidade física está presente em 44,83% dos pacientes. A hanseníase em Cascavel-PR possui média endemicidade nos últimos 3 anos, a qual sinaliza a importância da integração de ações de controle e prevenção da doença principalmente na atenção básica. O município tem como perfil paciente homem, branco, idade média de 48 anos com forma multibacilar.

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Publicado

2019-01-23

Edição

Seção

Saúde e Biológicas