DOENÇA HIPERTENSIVA ESPECÍFICA DA GESTAÇÃO: PERFIL CLÍNICO E EPIDEMIOLÓGICO
Resumo
O presente artigo tem como objetivo analisar as características clínicas e epidemiológicas das gestantes que apresentaram pré-eclâmpsia e compará-las com a literatura. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário do Oeste do Paraná, e pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitário da Fundação Assis Gurgacz, sob o número CAAE 71093417.7.0000.5219. Foram coletados dados em prontuários físicos de gestantes que tiverem o diagnóstico de doença hipertensiva específica da gestação (DHEG) no período de janeiro de 2015 a dezembro de 2016. Os dados foram computados em planilha do Microsoft Excel 2016, analisados e comparados com os obtidos na literatura. Foi obtido o consentimento das pacientes para a utilização dos dados presentes no prontuário médico. Identificou-se um total de 363 prontuários físicos de pacientes diagnosticadas com DHEG, dessas 29% com pré-eclâmpsia leve, 45% moderada e 26% grave. Os fatores de risco verificados foram primiparidade (40%), idade materna maior que 30 anos (35%), DHEG prévia (8%), Diabetes Mellitus (8%), Hipertensão arterial crônica (3%), gemelaridade (4%) e obesidade (2%). Entre as complicações encontradas a mais prevalente foi a prematuridade (10,74%) e as mais graves foram o óbito neonatal (1,10%) e o óbito intrauterino (0,55%), felizmente não ocorreu nenhum óbito materno no período decorrente de pré-eclâmpsia. Dada a magnitude dessa doença, faz-se necessário mais pesquisas a respeito com intuito de prevenir a pré-eclâmpsia, conhecendo seus fatores de risco e a sua possível causa, além de um tratamento adequado prevenindo as complicações maternas e fetais.