ÓBITOS DE DENGUE E OS PRINCIPAIS SINAIS CLÍNICOS, LABORATORIAIS E DE IMAGEM
Resumo
A dengue é um importante problema de saúde pública no Brasil, com sucessivas epidemias, sendo necessário qualificar a assistência no seu atendimento, objetivando reconhecer sinais de alarme da doença e reverter quadros potencialmente graves. Sendo assim, o estudo tem como objetivo geral avaliar os principais sinais clínicos, achados laboratoriais e de imagem que indicam a gravidade da doença e que estão envolvidos nos óbitos por dengue. Trata-se de um Estudo descritivo, retrospectivo com abordagem quantitativa, baseado em dados secundários do banco de dados do Sistema Nacional de Agravos de Notificação (SINAN). Foram analisados 19 óbitos por dengue, ocorridos no município de Foz do Iguaçu no ano de 2016. Os resultados demonstram que em 2016 foram notificados 12337 casos de dengue e 6531 casos confirmados no município de Foz do Iguaçu. Destes 19 foram a óbito (taxa de letalidade geral de 0,21%). A letalidade foi maior no extremo superior de idade (maiores que 60 anos), sendo que entre 70 e 79 anos foi a maior taxa de letalidade com 1,31%. Dentre os sinais clínicos de alarme, a hipotensão estava presente em 78,95%(sinal clínico mais prevalente na população estudada), seguido do extravasamento plasmatico 63,16% e a dor abdominal estava presente em 36,84% dos casos. Os dados laboratoriais demonstraram que hove hemoconcentracao em 68,42%, plaquetopenia em 63,15% dos pacientes e leucopenia em 36,84%. Dessa forma, concluiu-se que aumentando a sensibilidade da triagem para a correta classificação e diagnostico precoce da dengue, bem como a valorizacao dos sinais de alarme e dos achados laboratorias principalmente referente a hemoconcentracao permite ao profissional identificar a evolucao da doenca para formas graves e traçar condutas terapeuticas eficazes para evitar o óbito.