OCORRÊNCIA DE DELIRIUM COMO COMPLICAÇÃO HOSPITALAR EM IDOSOS NO PÓS-OPERATÓRIO DE FRATURA DE FÊMUR
Resumo
O envelhecimento representa a passagem do tempo sendo um processo natural e fisiológico. No idoso, as alterações como osteoporose, acuidade visual diminuída, fraqueza muscular, diminuição de equilíbrio, doenças neurológicas, cardiovasculares e deformidades osteomioarticulares são fatores que contribuem para a alta incidência de fratura de fêmur (MUNIZ,2007). O objetivo desta pesquisa foi realizar um estudo de campo através de análise documental com informações coletadas em prontuários médicos de pacientes acima de 60 anos, de jan/2010 a jan/2014 do Hospital São Lucas, Cascavel-PR, com complicações hospitalares no pós-operatório de fratura de fêmur, para análise do quão frequente é a ocorrência de delirium como complicação. A pesquisa ocorreu no Hospital São Lucas nos meses de setembro e outubro de 2015. Foi realizado estudo retrospectivo de prontuários do hospital. A análise estatística foi descritiva e a variável analisada: ocorrência de delirium como complicação. Cento e dois pacientes com 60 anos e mais velhos, com fraturas de fêmur e tratados cirurgicamente foram incluídos, sendo cinquenta e cinco pacientes do sexo feminino (54%) e quarenta e sete do masculino (46%). Trinta e dois (31,3%) pacientes desta amostra tiveram delirium, com uma prevalência de 53,1% entre as mulheres (17/32). Os pacientes octogenários foram os mais acometidos. A permanência hospitalar foi significativamente maior para os pacientes com delirium em comparação com aqueles que não apresentaram essa complicação. Delirium é uma complicação frequente em idosos internados com fraturas de fêmur. Ela está associada com déficits cognitivos e funcionais, e com o aumento do tempo de internação e mortalidade.