PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA SÍFILIS CONGÊNITA NO MUNICÍPIO DE CASCAVEL/PR NOS ANOS DE 2010 A 2014

Autores

  • Rubens Griep
  • Dayse Alba Chiumento

Resumo

Objetivo: Estudar a prevalência de sífilis congênita no município de Cascavel-PR, destacando seu papel como indicador de qualidade da assistência pré-natal. Material e Método: Estudo descritivo, de natureza exploratória, com delineamento transversal e abordagem qualiquantitativa do perfil epidemiológico da sífilis congênita no município de Cascavel-PR entre os anos de 2010 e 2014, realizado a partir do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Resultado: No período de 2010 a 2014, foram registrados 49 casos de sífilis congênita sendo que 29 (59,18%) dos recém-natos era do sexo masculino, 35 (71,42%) eram brancos, de mães também brancas (32 / 65,30%). A maioria dos casos foi notificado para mães com faixa etária entre 20 e 29 anos (24 / 48,9%) e entre 10 a 19 anos, (12 / 24,47%), com o Ensino Fundamental incompleto (19 / 38,77%). O diagnóstico de sífilis materna foi firmado basicamente no pré-natal da gestante (30 / 61,22%) ou no momento do parto/curetagem (17 / 34,69%). O tratamento da gestante foi considerado inadequado em 33 (67,34%) dos casos. Em relação aos exames laboratoriais da criança, o teste treponêmico teve como resultado ignorado na ficha de notificação em 27 (55,10%) casos e o teste não treponêmico apresentou resultado reagente em 31 casos (63,26%). O esquema de tratamento mais utilizado para os recém-natos foi à base de Penicilina G Cristalina (32 / 65,30%), sendo que tivemos como evolução de caso o óbito por sífilis congênita em 2 (4,08%) dos casos. Conclusão: Observamos a importância da sífilis congênita como indicador de saúde perinatal, visto ser uma doença totalmente passível de prevenção durante o pré-natal. A elevada prevalência de sífilis congênita observada permite questionar a qualidade da atenção pré-natal disponível na cidade de Cascavel-PR à população estudada. Por fim, é preciso melhorar o acompanhamento pré-natal e investigar melhor a história pregressa de doenças sexualmente transmissíveis na gestante e em seu parceiro sexual.

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Publicado

2017-07-14

Edição

Seção

Saúde e Biológicas