AVALIAÇÃO DOS EFEITOS AGUDOS EM PACIENTES DIABETES MELLITUS TIPO 1 SUBMETIDOS A ATIVIDADE FÍSICA MONITORADA

Autores

  • Marise Vilas Boas Pescador
  • Lucas Zenni Salomão

Resumo

Objetivo: O diabetes mellitus tipo 1 (D.M 1) é uma doença na maioria das vezes autoimune, que cursa com destruição das células beta pancreáticas e torna o indivíduo insulinodependente. Ao lado da insulinoterapia e do planejamento alimentar adequados, o treinamento físico provou ajudar a reduzir o risco cardiovascular na abordagem destes pacientes. A motivação maior do estudo foi avaliar a variação glicêmica, a frequência cardíaca durante atividade física, além dos efeitos agudos nas primeiras 24 horas relacionados a esta interação entre atividade física e diabetes mellitus tipo 1. Método: Os dados dos pacientes foram coletados no início, meio e fim do evento a partir das variáveis envolvendo a glicemia capilar, a frequência cardíaca e a regularidade de exercícios aeróbicos de cada participante. Foi relatado o tipo de insulina utilizada, e a recuperação da glicemia através de tabletes de glicose. Trata-se de um estudo misto, de caráter descritivo, realizado de modo transversal. A seleção dos pacientes ocorreu pelo levantamento de dados dos pacientes que recebem insulina análoga pela 10ª Regional de Saúde do Estado do Paraná. Resultado: Na totalidade, 10 pacientes foram avaliados, com uma média de idade de 29 ± 11,9 anos, e o tempo absoluto de prova de 30 minutos. A média do índice de massa corporal (IMC) calculada foi de 22,9 ± 3,03. Em 100% dos casos, os pacientes relataram não terem sentido nenhum efeito negativo após a corrida, como tonturas, fraqueza ou síncope. Porém, 40% dos pacientes precisaram fazer uso de reposição de glicose devido a uma hipoglicemia, e 10% fizeram o uso de insulina de ação ultra rápida no momento do exercício indicado pela hiperglicemia. Conclusão: Apesar de não se perceber uma concordância direta entre variação glicêmica e benefícios ao paciente, ficou evidente a necessidade de monitorização desta população estudada, bem como o controle do suporte por carboidratos, evitando hipoglicemia quando submetidos a uma atividade física.

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Publicado

2016-12-07

Edição

Seção

Saúde e Biológicas