UTILIZAÇÃO DE FUNGOS NA BIORREMEDIAÇÃO DE ÁGUAS CONTAMINADAS POR COLIFORMES FECAIS
Resumo
Um dos recursos naturais mais importantes para a vida é a água e, apesar dela ser abundante, a parcela disponível para o uso humano é bem pequena. A poluição ambiental e povoamento as margens dos corpos d´água prejudicam ainda mais essa situação, pois acabam liberando grande quantidade de matéria orgânica provocando seu acúmulo e, consequentemente, uma alteração físico química da água tornando-a imprópria para utilização ou consumo humano e para a vida aquática causando a morte da fauna residente. Com isso pesquisas de biorremediação se tornam muito importantes pois o uso adequado de organismos podem reestabelecer o equilíbrio ambiental sem gerar resíduos. Dessa forma esta pesquisa teve como objetivo verificar se o fungo Stropharia rugoso-annulata pode ser utilizado como biorremediador no controle da quantidade coliformes totais e fecais da água do córrego Bezerra, utilizando a técnica do número mais provável para coliformes. Para isso foram realizadas duas coletas de três pontos do córrego sem tratamento. Em todos eles foi observada a presença de coliformes, porém os resultados dos três pontos foram muito diferentes entre as duas coletas, dessa forma optou-se por realizar o experimento em laboratório para eliminar as variáveis ambientais. No laboratório foi simulado um curso da água contaminada com coliformes fecais através da mistura de água com fezes de cachorro diluídas. Essa água foi conduzida por dois sistemas de filtragem, sendo que um deles apresentava apenas cavacos estéreis (sem tratamento) e o outro cavacos com o fungo Stropharia rugoso-annulata. Os testes mostraram que houve uma redução de 54,2% de coliformes totais e 80,8% de coliformes fecais na água que passou pela filtragem que continha os fungos, sendo que a água da filtragem estéril não apresentou nenhuma mudança na quantidade de coliformes. A biorremediação com fungos é uma tecnologia promissora, barata e ecologicamente correta pois não deixa nenhum resíduo tóxico ou sintético no meio ambiente, pois seus restos orgânicos podem ser utilizados como adubo.