HIPOVITAMINOSE D EM IDOSOS EM CONSULTÓRIO GERIÁTRICO NO MUNICÍPIO DE CASCAVEL/PR
Resumo
O Brasil tem experimentado um aumento na expectativa de vida populacional, assim como dos agravos decorrentes da senescência como a deficiência de vitamina D. Em idosos, a hipovitaminose D pode trazer complicações como osteomalácia, hiperparatireoidismo secundário, osteoporose e aumento da morbimortalidade. A forma ativa da vitamina D [1,25(OH)2D] atua concomitante ao hormônio paratormônio (PTH) na homeostasia do cálcio (Ca+2) e fosfato plasmático. Normalmente, o PTH promove reabsorção óssea de Ca+2 e estimula a ativação da vitamina D nos rins. Esta diminui a secreção de PTH de forma indireta elevando a absorção de Ca+2 no duodeno. Assim, a deficiência de vitamina D implicará em menor absorção de Ca+2, podendo causar um quadro de hipocalcemia e/ou hipofosfatemia, promovendo elevação plasmática do PTH. Este hormônio intensificará a reabsorção óssea de Ca+2 com consequente desmineralização da matriz óssea, predispondo tais pacientes a fraturas e outras comorbidades. Idosos são mais predispostos a deficiência de vitamina D devido a fatores como alterações cutâneas, menor exposição solar, diminuição das funções hepática e renal. Neste trabalho, realizou-se um estudo transversal, retrospectivo, dos prontuários de idosos em um consultório médico privado entre janeiro de 2011 à março de 2014, analisando os índices de deficiência e insuficiência da vitamina D e comparando-os aos índices encontrados na população mundial, além de ser realizada uma comparação das dosagens encontradas entre os gêneros. A amostra incorporou todos os pacientes atendidos neste consultório que apresentavam 60 anos ou mais, quando realizada a primeira solicitação da dosagem plasmática.