PREVALÊNCIA DE INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS EM MULHERES COM HIV/AIDS NO OESTE DO PARANÁ

Autores

  • Douglas Soltau Gomes
  • Regina Maria Roman
  • Winny Hirome Takahashi Yonegura
  • Rosemeri Maria dos Santos
  • Josana Aparecida Dranka Horvath

Resumo

Introdução: As manifestações clínicas de certas infecções sexualmente transmissíveis (IST) facilitam a transmissão  HIV. Entre as principais e mais prevalentes IST em soropositivas para HIV encontra-se a clamídia, sífilis e o Papiloma  vírus Humano (HPV). Objetivo: Analisar a prevalência de infecção de IST, com ênfase para clamídia, sífilis e HPV, em mulheres vivendo com HIV/ AIDS atendidas em um centro de referência para tratamento de HIV/AIDS no oeste do Paraná. Materiais e Métodos: Estudo retrospectivo através da análise de prontuários de 78 mulheres atendidas em consultas de rotina no Centro Especializado de Doenças Infecto Parasitárias (CEDIP), Cascavel-PR. Foram revisados os resultados da sorologia para sífilis, pesquisa de clamídia por reação em cadeia da polimerase, e as alterações citológicas no colo uterino induzidas pelo HPV. Foi analisada frequência de outras infecções ou alterações ginecológicas presentes ao exame físico. Resultados: Evidenciamos uma porcentagem alta de pacientes (78,2%) com alguma alteração ginecológica, sendo ela IST ou não. A maioria das pacientes eram sexualmente ativas (62,8%), entretanto somente 34,6% faziam uso de preservativo. A incidência de mulheres infectadas por IST (clamídia, sífilis e HPV), nesse estudo foi de 11,5%; a ocorrência de alterações citológicas induzidas pelo HPV foi de 10,2%, clamídia foi de 2,6% e não houve casos de sífilis. Além disso, 66,7% estavam com algum outro tipo de alteração ou infecção ginecológica, com maior predominância para vaginose, presente em 38,4% dos casos. Conclusão: A prevalência de IST em mulheres vivendo com HIV/AIDS é relevante. Vaginose bacteriana e alterações citológicas no colo uterino induzidas pelo HPV foram as alterações predominantes. É alto número de mulheres soropositivas para HIV sexualmente ativas e que não fazem uso de preservativo. 

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Publicado

2016-12-07

Edição

Seção

Saúde e Biológicas