DEPRESSÃO NO IDOSO: UM ESTUDO TRANSVERSAL

Autores

  • José Ricardo Paintner Torres
  • Gustavo Lawin
  • Marcos Quirino Gomes Faria

Resumo

Este artigo procura explorar os índices de depressão em idosos, divididos em dois grupos: moradores de uma Instituição de Longa Permanência para Idosos (ILPI); e moradores de uma comunidade atendida por uma Unidade de Saúde Familiar (USF), considerando-se todas as especificidades que os diferenciam de indivíduos de outras faixas etárias. Nesses dois ambientes, foi utilizada a Escala Geriátrica de Depressão de Yesavage (1983), com 15 perguntas, além da coleta de dados como: idade, sexo, raça, estado emocional, número de filhos e tratamento recebido. O maior enfoque do estudo foi a dificuldade de diagnosticar a depressão nos idosos, especialmente por se tratar de uma doença de difícil reconhecimento nessa faixa etária. Os dados são bastante válidos, uma vez que apontam para a grande disparidade entre os idosos residentes em ILPIs e aqueles que vivem na comunidade, quando se comparam as porcentagens de casos de depressão. Por exemplo, entre os residentes da ILPI, 41% dos idosos entrevistados apresentaram um quadro de depressão leve, e 18% apresentaram depressão grave. Já na USF selecionada para a pesquisa, 21,4% apresentaram depressão leve, e 21,4% apresentaram quadro de depressão grave. Com esse levantamento, foi possível constatar que a depressão no paciente idoso ainda é subdiagnosticada, principalmente nas ILPIs, onde a patologia é mais frequente e mais grave. Portanto, este trabalho estabelece-se como um mecanismo de orientação, para familiares e profissionais de saúde, a fim de que reconheçam a possibilidade de depressão nesses pacientes, de modo que sejam encaminhados ao tratamento com especialistas. 

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Publicado

2016-12-07

Edição

Seção

Saúde e Biológicas