EDUCAÇÃO PARA ADOLESCENTES E JOVENS DIABÉTICOS TIPO 1: RESULTADOS DO SERVIÇO DE ENDOCRINOLOGIA DO CONSÓRCIO INTERMUNICIPAL DO OESTE DO PARANÁ
Resumo
Introdução: Por ser uma patologia crônica, o diabetes afeta várias áreas da vida do indivíduo, demandando cuidados contínuos. Um dos problemas do mau controle do diabetes e suas consequências não decorre da falta de opções farmacológicas, mas, sim, da total desinformação que leva o paciente a cometer erros graves em seu tratamento o que inviabiliza um bom controle. Objetivo: Avaliar o impacto da participação em atividades educativas sobre o conhecimento do diabetes, adesão ao tratamento e melhora no controle metabólico. Material e Método: Estudo com jovens portadores de diabetes mellitus tipo 1 usuários de análogos de insulinas. Foram realizados quatro encontros em grupos educativos. A coleta de hemoglobina glicada (A1C) e aplicação de questionário Avaliação de Qualidade de Vida em Adolescentes (DQOL) foram realizados nos encontros um e quatro. Resultados: 25 pacientes preencheram os critérios de inclusão; porém apenas cinco concluíram o estudo. A idade média foi 16,80±3,96 anos. Não houve diferença entre os resultados de A1C inicial e final, os escores de pontuação do DQOL foram 106,80±30,33 x 92,20±26,76, respectivamente, com melhora principalmente no quesito satisfação com o tratamento atual, conhecimento sobre a doença e flexibilidade da dieta. Conclusão: Sugere-se que atividades em grupo favorecem a aceitação da doença e de seu tratamento, estimulando o conhecimento e troca de experiências. A baixa aderência impossibilitou extrapolação dos resultados, sugerindo existência de falta de conscientização sobre os graves riscos da doença. Faz-se necessário à realização de campanhas motivando à participação em atividades educativas otimizando assim os resultados na prevenção de complicações e na melhora da qualidade de vida.