QUANDO INSERIR O BALÃO INTRA-AÓRTICO EM PACIENTES SUBMETIDOS À CIRURGIA CARDÍACA?

Autores

  • Rui Manuel de Souza Sequeira Antunes Almeida
  • Vinícius Rocha Batista

Resumo

Objetivo: O objetivo deste estudo foi analisar os resultados do uso do balão de contrapulsação intra-aórtico (BIAo) em pacientes submetidos à cirurgia cardíaca e avaliar qual é o melhor momento para a sua inserção. Material e Método: Este estudo consiste na análise dos desfechos, em 60 pacientes, submetidos à cirurgia cardíaca e nos quais foi utilizado BIAo no Instituto de Cirurgia Cardiovascular do Oeste do Paraná (ICCOP) entre fevereiro de 1998 e setembro de 2013. Os pacientes foram divididos em quatro grupos de acordo com o momento da inserção do BIAo: grupo A (três pacientes) – período pré-operatório, grupo B (37 pacientes) – após anestesia no centro cirúrgico, grupo C (cinco pacientes) – intra-operatório após circulação extracorpórea (CEC) e grupo D (15 pacientes) – pós-operatório.  Os grupos foram comparados, através de regressão logística, em relação aos tempos de clampeamento aórtico, CEC, internação hospitalar e unidade de terapia intensiva (UTI), ventilação mecânica e mortalidade. Resultados: Através de análise estatística das características dos pacientes, nenhum fator foi considerado significantivo de risco para mortalidade. Com relação ao momento de inserção do BIAo, foi evidenciado que o grupo B teve menor mortalidade (p<0,05) e o grupo C teve os tempos de CEC e clampeamento aórtico mais elevados (p<0,05). Não houve diferença significativa entre os quatro grupos em relação aos tempos de ventilação mecânica, internação hospitalar e UTI. Conclusão: A inserção do BIAo logo após a anestesia, no centro cirúrgico, mostrou resultados benéficos em relação à sobrevida quando comparado aos demais grupos.

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Publicado

2016-12-07

Edição

Seção

Saúde e Biológicas