AUMENTO NA ADESÃO AO EXAME MAMOGRÁFICO EM UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA DA ZONA RURAL DO SUL DO BRASIL APÓS A REALIZAÇÃO DO RASTREAMENTO ORGANIZADO

Autores

  • Dilson Fronza
  • Aline Greice Porfírio
  • Douglas Soltau Gomes
  • Thaís Figueiredo Teodoro de Oliveira

Resumo

Objetivo: Comparar a evolução nos índices de realização do exame mamográfico para a detecção precoce do câncer de mama antes e após o desenvolvimento do rastreamento organizado numa Unidade de Saúde da Família (USF) da zona rural de Cascavel – PR. Métodos: Estudo compreendendo uma coorte de mulheres com idade entre 40 a 69 anos , no período de maio/2010 a maio/2013. As mulheres foram convidadas a participar das campanhas de rastreamento mamográfico por meio de convite e agendamento do exame pelas agentes comunitárias de saúde (ACS) da própria USF. Foram analisados os índices de adesão anterior e posterior ao início do programa de rastreamento, e a periodicidade com que as pacientes realizaram novos exames nos anos seguintes. Resultados: Comparando-se o número de mamografias realizadas mensalmente durante o ano de 2010  com os anos posteriores ao início do rastreamento organizado, de 2011 a 2013 , observou-se um incremento médio superior a 100% em termos de adesão. Das 281 mulheres elegíveis à mamografia no ano de 2011, 31 delas (15%) completaram três anos consecutivos de rastreamento mamográfico, 119 (55%) realizaram duas mamografias e 64 (29,6%) realizaram apenas uma mamografia no período de três anos. 70,4% realizaram, portanto, pelo menos duas mamografias no período do estudo. O que representa alto índice de adesão ao rastreamento quando comparado ao período anterior ao início do protocolo, visto que o Ministério da Saúde (MS) recomenda pelo menos uma mamografia no intervalo máximo de dois anos. Conclusão: O desenvolvimento de um modelo de rastreamento organizado fez dobrar a taxa de realização dos exames mamográficos. Os achados confirmam a alta adesão aos protocolos de prevenção ao câncer de mama e rastreamento por mamografia, reforçando a importância da atuação de uma equipe multidisciplinar no atendimento em saúde preventiva.

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Publicado

2016-12-07

Edição

Seção

Saúde e Biológicas