TANATOPRAXIA SOB A ÓTICA DA FAMÍLIA ENLUTADA
Resumo
Essa pesquisa objetivou compreender o que significa para a família enlutada a realização da tanatopraxia para o cerimonial fúnebre. O estudo constituiu-se de uma pesquisa qualitativa realizada por meio de entrevista aberta, gravada, com doze pessoas, familiares que utilizaram o serviço de tanatopraxia. Os participantes foram inquiridos com a seguinte questão norteadora: “O que significou o preparo do corpo do seu ente querido?”, a qual foi formulada de acordo com o objetivo. Após a análise os dados foram agrupados conforme repetição dos conteúdos encontrado nos discursos, resultando nas unidades temáticas: “Prorrogando a ‘vida’ do falecido” e “Preservando a imagem do ente”. Evidenciamos que, quando as famílias decidem-se por realizar tal prática, vislumbram o desejo de conservação do corpo da pessoa por mais tempo, para que o velório seja realizado com tranqüilidade e quando no caso de algum acometimento físico traumático, vislumbram obter uma imagem muito próxima do que o ente era em vida, realizando a tanatopraxia com o intuito de prestar uma última homenagem ao falecido.