HANSENÍASE: ESTIGMAS DO PROCESSO SAÚDE-DOENÇA E SEUS DETERMINANTES SOCIAIS

Autores

  • Marcelo Taglietti
  • Laira Fuhr

Resumo

Introdução: A hanseníase é uma das doenças mais antigas e mais referidas da história. Seus doentes sofreram durante séculos com o estigma e preconceito que a acompanham; é uma das doenças mais citadas na Bíblia, e que mais gerou repulsa de seus doentes ao longo dos séculos. Objetivo: Contextualizar o processo saúde-doença e seus determinantes sociais ao longo da história da hanseníase. Metodologia: revisão bibliográfica em bases de dados científicos que incluem: artigos científicos, teses e dissertações, vinculadas na íntegra, em acesso livre e eletrônico; que abordem o tema hanseníase, processo saúde-doença e determinantes sociais. Resultados: A hanseníase caminhou durante anos com noções de pecado, sujeira e impureza, marcados pela estigmatização e segregação, as medidas de profilaxia da lepra, conduziram por caminhos que levaram  à institucionalização do isolamento de seus doentes. Mesmo após a descoberta dos fatores que envolvem essa doença, e do conhecimento de suas formas de contágio, no inicio do século XX, o doente e seus familiares continuaram sofrendo com a segregação trazida pelos estigmas da palavra “leproso”. Nos seus determinantes sociais, fatores como cultura, religião e situação social alteram a forma como cada indivíduo encara a saúde e o processo de adoecer, devido a todo um contexto cultural, a história da hanseníase foi marcada por segregação, causados pelo estigma da “lepra” que remete aos tempos Bíblicos, a hanseníase continua a gerar preconceito, o termo Lepra foi substituído por Hanseníase como uma medida para minimizar esse efeito, assim como sua ampla divulgação como uma doença curável, de origem bacteriana e de transmissão através das vias aéreas.

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Publicado

2016-12-07

Edição

Seção

Saúde e Biológicas