POTENCIAL ALELOPÁTICO DO NABO FORRAGEIRO (Raphanus sativus L.) SOBRE O DESENVOLVIMENTO DO MILHO (Zea mays L.) E AVEIA PRETA (Avena strigosa Schreb.)

Autores

  • Cláudia Tatiana Araújo Cruz-Silva
  • Tania Carla Schneider

Resumo

O nabo forrageiro (Raphanus sativus L.) pertencente à família Brassicaceae é muito utilizado como cobertura de solo. O presente trabalho teve como objetivo verificar a atividade alelopática do nabo forrageiro sobre o desenvolvimento da aveia preta (Avena strigosa Schreb.) e do milho (Zea mays L.). O trabalho foi realizado em casa de vegetação, utilizando-se como substrato terra vegetal acondicionada em sacos plásticos com capacidade aproximada de 2,5L. Foi preparado o extrato triturado e lixiviado a partir de partes aéreas do nabo. Estes foram utilizados nas diluições de 7,5; 15 e 30% e o controle, sendo aplicados 250 mL de extrato em cada repetição, utilizando-se quatro repetições com 20 sementes para cada tratamento. Após 30 dias realizou-se a avaliação, verificando-se o crescimento do caule e da raiz, o número de folhas e no caso do milho o número de raízes adventícias. Os resultados foram submetidos ao teste de Tukey a 5% de probabilidade. O extrato triturado inibiu o número de folhas de aveia na concentração a 15%, sem resultados significativos para o desenvolvimento do milho. Ao passo que, o extrato lixiviado inibiu o desenvolvimento da parte aérea e da raiz do milho na concentração mais alta (30%) quando comparada ao controle, mas não apresentou  efeitos estatisticamente significativos sobre a aveia. Com base nos resultados obtidos conclui-se que o nabo forrageiro apresenta potencial alelopático sobre o desenvolvimento do milho quando preparado sob a forma de lixiviação. 

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Publicado

2016-12-07

Edição

Seção

Meio Ambiente e Agrárias