SOCIEDADE PANFLETÁRIA POR TRÁS DOS SLOGANS - O MAIS DO MESMO NOS DISCURSOS HEGEMÔNICOS

Autores

  • Claudemir Cesar Hauptmann

Resumo

Em plena era do conhecimento, é essencial que as pessoas consigam selecionar dentre tantas informações que lhes chegam diariamente, as mais úteis. O dilema da escolha é o preço a pagar pelo desenvolvimento das tecnologias da informação. Uma das saídas mais comuns tem sido a preferência por mensagens cada vez mais simples, daquelas que não exigem muito esforço de decodificação. Logo, ganham espaços entre consumidores – e produtores - mensagens cada vez mais panfletárias, verdadeiras palavras de ordem, jargões, slogans. O slogan não é apenas um recurso técnico típico do discurso da publicidade e propaganda, ou do marketing. Assim como uma metáfora conceitual, o slogan também pode ordenar e orientar pensamentos e comportamentos? Visto como um local de prática discursiva, o slogan pode ser caracterizado como uma assembléia de vozes? Na busca de respostas a essas perguntas, esse artigo propõe uma reflexão a partir de excertos de Pêcheux e da AD francesa, sobre os slogans utilizados por duas emissoras de rádio em Cascavel (PR), valendo-se da AD para tentar compreender o funcionamento do slogan na sociedade. Ao acionar conceitos como o de polissemia, formação discursiva e esquecimentos/apagamentos, discute-se o uso da língua e o papel dos meios de comunicação no cenário da sociedade do conhecimento.

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Publicado

2016-12-07

Edição

Seção

Sociais e Humanidades