HISTÓRIA URBANA BRASILEIRA E OS DESAFIOS A SEREM SUPERADOS

Autores

  • Caio Smolarek Dias
  • Solange Irene Smolarek Dias

Resumo

A gestão municipal atual no Brasil é feita através da participação popular e de planejamento estratégico. Para que esta política seja melhor compreendida, é necessário recuperar a história das cidades brasileiras. Até o século XVIII, os assentamentos tiveram pequeno desenvolvimento, caracterizando-se como cidades portuárias. No século XIX a coroa portuguesa desloca-se para o Brasil e investe em desenvolvimento urbano e intelectual. Influências de Haussmann foram consideravelmente empregadas. Este tipo de modelo dura, sem grandes alterações, até a construção de Brasília. A ditadura militar adota o modelo urbano de Brasília e o difunde por todo o país. O cenário urbano foi desenhado com instrumentos baseados em modelos de cidades ideais, a ser alcançado com coeficientes e outros parâmetros, que proliferaram nas leis urbanas. A partir da década de 1980, seguindo tendências mundiais, a falência desse modelo urbano tornou-se claro. Correntes pós-modernas a criticam e defendem o fato de que cada cidade deve ter a sua "imagem" própria. Este modelo, ao criar ícones locais, segue ideais mercantilistas. Sobre esse processo, algumas cidades são exitosas, e outras não. Atualmente, a crise urbana atinge níveis globais com o seu crescimento crescente. No Brasil, as estratégias urbanas enfatizam pactos, considerando a cidade como uma prática social. A nova abordagem parte  do pressuposto de que as cidades possuem muitos agentes atuando. Considera-se que o planejamento urbano começa a partir de 1850, copiando modelos francês e desconsiderando a cultura local. A partir desse momento, as cidades brasileiras começaram a ter duas faces: legal e real. Com Brasília, glorificam-se planos nacionais tecnicistas. O fracasso do modelo racionalista vem da ausência de participação popular. Atualmente, o processo de planejamento propõe uma forma participativa de pensar. Considera-se que o desafio brasileiro é de que governo e população gerem processo de planejamento eficaz e constante em conjunto e não somente reescrevam políticas públicas.

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Publicado

2016-12-07

Edição

Seção

Sociais e Humanidades