INFLUÊNCIA DO COMPORTAMENTO NA SAÍDA DO TRONCO APÓS A INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL SOBRE A TAXA DE CONCEPÇÃO DE VACAS DA RAÇA NELORE NO PRIMEIRO SERVIÇO PÓS-PARTO

Autores

  • Letícia Obo Andreghetti
  • Katuane Regina dos Santos Gabiato Araújo
  • Cecília Aparecida Spada
  • Denis Vinicius Bonato

Palavras-chave:

Bem-estar animal, Biotecnologia da reprodução bovina, Manejo de IATF, Reprodução animal, Temperamento bovino

Resumo

O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito do comportamento de saída do tronco de contenção na taxa de concepção de vacas da raça Nelore submetidas à inseminação artificial em tempo fixo (IATF). Foram avaliadas 999 vacas multíparas, manejadas de forma padronizada pela mesma equipe. As vacas foram divididas em três grupos experimentais de acordo com o comportamento de saída do tronco. O primeiro grupo foi composto por 603 vacas que saíram andando do tronco de contenção, o segundo por 244 vacas que saíram trotando e o terceiro grupo por 152 vacas que saíram correndo do tronco de contenção. Entre os grupos foram comparados o peso no momento da IATF, o escore de condição corporal (ECC) e as taxas de manifestação de estro e de concepção utilizando o programa estatístico R. As variáveis qualitativas foram analisadas pelo teste de qui-quadrado de Person, enquanto as quantitativas foram comparadas por ANOVA e pelo teste post-hoc de Tukey. Foi considerado um valor de p≥0,05 como significativo. As vacas que saíram andando tiveram uma taxa de concepção de 61,7%, sendo maior (p=0,027) do que a das vacas que saíram trotando, que tiveram 51,6% de taxa de concepção. Não houve diferença (p<0,05) entre os grupos na comparação da manifestação de estro, peso e ECC. Os resultados indicam que o comportamento de saída do tronco após a IA influencia a taxa de concepção de vacas da raça Nelore, sendo que vacas mais calmas apresentam maior taxa de concepção que vacas mais reativas.

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Publicado

2025-02-11

Edição

Seção

Medicina Veterinária