ANÁLISE DA QUALIDADE DE VIDA E DO GRAU DE ESCOLARIDADE NO MANEJO DA GLICEMIA DE PACIENTES DIAGNOSTICADOS COM DIABETES MELLITUS NO OESTE DO PARANÁ
Palavras-chave:
Diabetes, Escolaridade, Qualidade de vida, GlicemiaResumo
O presente estudo com delineamento transversal teve por objetivo demonstrar características sociais e clínicas atreladas ao tratamento do Diabetes. Para tanto, utilizou-se de ferramentas que descrevessem o grau de escolaridade, a ocupação dos pacientes e avaliassem, por meio de um questionário, validado no Brasil, como o Diabetes Quality of Life Measure – DQOL-Brasil, a Qualidade de Vida, o Impacto e as Preocupações Sociais Relacionadas ao Diabetes, estimando, dessa forma, aspectos do grau de satisfação de 82 pacientes em acompanhamento regular no serviço de endocrinologia do Consórcio Intermunicipal de Saúde do Oeste do Paraná, CISOP, em Cascavel-PR, no período entre julho e novembro de 2023. Verificou-se uma dissociação do nível de qualidade de vida e índice de escolaridade no manejo satisfatório do Diabetes. Nesse contexto, observou-se que pacientes com menor grau de escolaridade detinham taxas de hemoglobina glicada (HbA1c) superior a pacientes melhores escolarizados. Notou-se, também, que pacientes com menor média de grau de satisfação (1= muito satisfeito/ 5= nada satisfeito) controlaram melhor sua hemoglobina glicosilada, semelhante aos resultados de pacientes que relataram menor Preocupação Social ou menor taxa de Preocupação relacionada ao Diabetes. Conclui-se, então, que existem evidências que associam os quesitos do DQOL-Brasil ao controle do diabetes e, sobretudo, que o baixo grau de escolaridade seja um forte fator de determinação e capacidade do autocuidado no transcorrer da doença em questão.