AVALIAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DOS CASOS DE PARALISIA FLÁCIDA AGUDA NO ESTADO DO PARANÁ ENTRE 2011 E 2021
Palavras-chave:
Pediatria, Saúde Pública, Doença de Notificação CompulsóriaResumo
O termo paralisia flácida aguda (PFA) remete a uma manifestação clínica composta por paralisia ou fraqueza ou redução do tônus muscular. A manifestação de PFA pode ser resultado de várias doenças incluindo a síndrome de Guillain-Barré, Poliomielite, mielopatias, mielite transversa, porfiria intermitente aguda, miopatia tóxica e condições induzidas por drogas. O objetivo do presente estudo foi avaliar o perfil epidemiológico dos casos notificados de PFA no estado do Paraná entre 2011 e 2021. Tratou-se de um estudo observacional transversal, de abordagem quantitativa e de natureza descritiva, realizado mediante análise dos dados de notificação compulsória de PFA depositadas no SINAN entre 2011 e 2021. Foram coletadas as variáveis: faixa etária, sexo, circunstancias da contaminação, etnia, escolaridade e desfecho. Durante o período estudado foram notificados no Brasil 4663 casos de PFA, sendo que destes, 13,7% (638) foram registrados na região sul do país e 5,91% (272) no estado do Paraná. Tanto no Brasil quanto no Paraná o sexo masculino foi mais acometido com 55,7% (2601) e 57,3% (156), respectivamente. Os casos de PFA ocorreram em pacientes entre 0 e 14 anos. No estado do Paraná a maioria (33,8%) dos casos ocorreu em crianças com idade entre 1 e 4 anos. A maioria dos casos (66,17%) ocorreu em crianças brancas residentes na zona urbana (72,4%) dos seus municípios. Destes casos, 59,9% (163) evoluíram para cura total, 28,3% (77) foram curados, porém permaneceram com algum tipo de sequela e 0,78% (2) foram a óbito.