ISOLAMENTO, CARACTERIZAÇÃO PARCIAL DE LECTINAS EM SEMENTES DE EUGENIA PYRIFORMIS E SEU POTENCIAL ANTIMICROBIANO
Palavras-chave:
antibacteriano, antifúngico, biotecnologia, Myrtacea, uvaiaResumo
Lectinas são proteínas de origem não imune, que despertam interesse biotecnológico devido à sua capacidade de ligação seletiva e reversível aos carboidratos, mediando processos de reconhecimento celular. O objetivo deste trabalho foi extrair lectinas, caracterizá-las e avaliar o potencial antimicrobiano das sementes de Eugenia pyriformis. O extrato aquoso foi fracionado em duas saturações de sulfato de amônio (0-40% e 40-80%). Amostras foram dosadas em relação ao conteúdo fenólico e proteínas. A presença de lectinas e a sua especificidade aos carboidratos foram investigadas utilizando-se ensaios de hemaglutinação, em eritrócitros humanos. O potencial antimicrobiano foi avaliado em ensaios de discos de difusão. As dosagens revelaram baixo teor de proteínas e fenóis nas amostras. As atividades hemaglutinantes foram positivas em todas amostras, que aglutinaram preferencialmente o grupo A, o aumento da atividade específica na fração 40-80% revelou que a pré-purificação foi eficiente. O perfil de inibição dessa atividade pelos carboidratos galactose, galactosamina, lactose e arabinose sugere a presença de ao menos duas lectinas. Os testes antibacterianos mostraram halos de inibição em bactérias Gram Positivas (Staphylococcus aureus, Streptococcus uberis e Enterococcus faecalis), e Gram Negativas (Escherichia coli, Shigella flexneri, Serratia sp. e Klebsiella sp.) demonstrando o potencial dessa espécie como antibiótico de amplo espectro.