INCIDÊNCIA DE CARDIOPATIA CONGÊNITA EM PACIENTES INTERNADOS EM UMA UTI NEONATAL NO OESTE DO ESTADO DO PR
AVALIAÇÃO DESDE A ABERTURA DA UTI EM JANEIRO DE 2012 ATÉ JULHO DE 2021
Palavras-chave:
Cardiopatia congênita, Incidência, Diagnóstico, UTI neonatalResumo
INTRODUÇÃO: Cardiopatia congênita é qualquer anormalidade estrutural ou funcional do coração. É o tipo de anomalia mais comum e está associada a uma elevada morbimortalidade. OBJETIVO: Avaliar a incidência de cardiopatia congênita em pacientes atendidos em uma UTI neonatal, bem como suas avaliações ecocardiográficas e condutas adotadas, em um período de janeiro de 2012 a julho de 2021. METODOLOGIA: Avaliação de registros dos prontuários médicos eletrônicos com aplicação de questionário padronizado a respeito de cardiopatias e revisão de laudos de ecocardiograma. RESULTADOS: No período foram atendidos nesta UTI neonatal 2.196 pacientes, dos quais 50 diagnosticados com cardiopatia congênita, sendo 30 (60%) do sexo masculino e 20 (40%) do sexo feminino. A idade gestacional média foi de 33,72 semanas (variando entre 27 e 40 semanas) e o peso médio ao nascimento foi de 2.010 gramas (variando entre 0.640 e 4.135 gramas). Foram observadas a presença de alterações cromossômicas em 7 pacientes (14%), sendo mais prevalente a síndrome de Down, presente em 2 pacientes. As cardiopatias mais frequentemente encontradas foram: forame oval patente (32 casos – 64%), persistência do canal arterial (27 casos– 54%), comunicação interventricular (15 casos – 30%) e comunicação interatrial (9 casos – 18%), sendo que alguns pacientes apresentaram mais de uma cardiopatia associada. Em relação ao tratamento, 9 (18%) realizaram tratamento cirúrgico e 41 (82%) tratamento clínico. Destes, 8 pacientes (16%) evoluíram a óbito. CONCLUSÃO: cardiopatia congênita é uma anomalia com elevada incidência. O diagnóstico precoce se faz necessário para que o tratamento adequado seja prontamente instituído.