A GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE ALFACE PODE SER AFETADA PELOS EXTRATOS AQUOSOS DE Ipomoea fistulosa E Acalypha arvensis?
Resumo
A alelopatia é a capacidade de muitas plantas em produzir metabólitos secundários que são liberados no ambiente, principalmente pelas suas raízes, e prejudicar o desenvolvimento de outras próximas. Trata-se de uma estratégia de defesa e sobrevivência que a maioria das plantas possui. Estas substâncias têm sido estudadas, visando obter informações e subsídios que venham a permitir o uso desse conhecimento para a prática de uma agricultura que dê mais ênfase à redução na população de plantas daninhas ou que se use estes compostos para manejo biológico de outras plantas. O objetivo do presente trabalho foi avaliar o efeito alelopático de Ipomoea fistulosa e Acalypha arvensis sobre sementes de alface. Foram estudadas as concentrações de 25, 50, 75 e 100% de cada espécie e seu efeito na germinação e desenvolvimento inicial de sementes de alface. O experimento organizado em blocos inteiramente casualizados 2x5 e 4 repetições cada tratamento. Os extratos aquosos reduziram a porcentagem de germinação das sementes de alface, ocorrendo redução brusca no extrato de I. fistulosa. Para o comprimento relativo de plântulas houve um aumento na concentração máxima 24,34% de A. arvensis e grande diminuição do comprimento total no extrato de I. fistulosa. O IVG apresentou queda em ambos extratos, assemelhando-se à porcentagem de germinação em relação à regressão linear. Em todas as variáveis analisadas o extrato de I. fistulosa apresentou grande potencial alelopático reduzindo drasticamente a porcentagem de germinação, comprimento total de plântulas e o IVG.