PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE NEUROBLASTOMA EM HOSPITAL DE REFERÊNCIA EM CÂNCER INFANTIL

Autores

  • Anna Beatriz Sulzbach Beck Centro Universitário Fundação Assis Gurgacz https://orcid.org/0000-0002-6085-3756
  • Natália Dal'Piva
  • Juliana Comin Karvat
  • Marina Morandini Gaspar da Silva
  • Carmem Maria Costa Mendonça

Resumo

Objetivo: Avaliar e descrever as características epidemiológicas, clínicas e laboratoriais do Neuroblastoma em menores de 18 anos atendidos em um centro de referência em Oncologia Pediátrica no Oeste do Paraná. Métodos: Estudo descritivo de corte transversal, realizado por meio da análise de prontuários eletrônicos de pacientes diagnosticados com Neuroblastoma entre Janeiro de 2000 e Julho de 2020, no Hospital do Câncer de Cascavel – UOPECCAN. Foram avaliados dados referentes à sexo, idade, tempo do início dos sintomas até o diagnóstico, manifestações clínicas, estadiamento, complicações e evolução. Resultados: Foram registrados 26 casos de Neuroblastoma. Quanto ao sexo, 12 (46%) pacientes eram do gênero masculino e 14 (54%) do gênero feminino. A idade média ao diagnóstico foi de 34 meses. As manifestações clínicas mais frequentes foram febre (n=12; 46%), massa abdominal (n=10; 38%), e dor abdominal (n=7; 27%). Quanto a localização do tumor, 20 (77%) estavam em abdômen, 3 em mediastino (11,5%), 1 (4%) em região orbitária e 1 (4%) intramedular à nível torácico. A média do início dos sintomas até o diagnóstico da doença foi de 31,7 dias, sendo que 7 (27%)  pacientes tiveram diagnóstico nos 15 primeiros dias, 9 (35%) entre 15 e 30 dias,  6 (23%) entre 30 e 60 dias e 4 (15%)  acima de 60 dias. Quanto ao estadiamento no sistema INSS, 3 (11,5%) pacientes apresentavam estadio 1, 2 (7,5%) pacientes em estadio 3, 20 pacientes em estadio 4 (77%) e 1 (4%) pacientes estadio 4S. Dos 26 pacientes, 20 (76,92%) apresentaram metástases ao diagnóstico, que ocorreram principalmente em medula óssea e ossos. No momento da pesquisa, 10 (38,64%) permaneciam vivos. Conclusão: diante dos resultados apresentados, conclui-se que é de extrema importância direcionar esforços para capacitar profissionais de saúde a reconhecerem a doença ainda em fase inicial, na tentativa de reduzir a quantidade de casos já em estádio avançado e portanto aumentar o índice de sobrevida nas crianças com neuroblastoma no oeste do Paraná.

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Publicado

2023-11-21