PERFIL DOS PACIENTES DIAGNOSTICADOS COM DISPLASIA DO DESENVOLVIMENTO DO QUADRIL EM UM SERVIÇO PÚBLICO DA CIDADE DE CASCAVEL – PARANÁ: ANÁLISE DOS FATORES DE RISCO

Autores

  • Luciana Osório Cavalli
  • Eduardo José Ficagna
  • Roberto Márcio Nogueira

Resumo

A displasia do desenvolvimento do quadril é uma patologia do desenvolvimento da criança desde o período fetal até 8 anos de idade quando as anormalidades anatômicas na articulação coxofemoral que podem causar dores, alterações da marcha e limitação funcional no adulto em caso de não tratamento. O diagnóstico baseia-se na avaliação clínica do recém-nascido e confirmação por exames de imagem, principalmente ultrassonografia. O manejo ortopédico pode ser conservador ou cirúrgico dependendo da idade. O estudo analisou 55 prontuários e DNV de crianças portadoras de DDQ referenciadas ao CISOP no período de 2015 até primeiro semestre de 2018. 72,72% dos pacientes tiveram o diagnóstico antes do primeiro ano de vida. Houve prevalência pelo sexo feminino (2,23:1), raça branca (24:1 comparada a negra), lado esquerdo (14 de 20 pacientes com lado acometido determinado) e parto via vaginal (56,36%) – compatível com o esperado da literatura. A inespecificidade das provas propedêuticas foi comprovada pela negatividade dos Testes de Ortolani (18 de 18), Barlow (24 de 24) e Galeazzi (15 de 18) e necessidade de avaliação com exames complementares (40). O acometimento bilateral e posição pélvica tiveram incidência menor que a esperada (3,63% contra 25% e 10,90% contra 20%, respectivamente). A maior incidência manteve-se na posição cefálica correspondente a maioria dos posicionamentos intra-útero. A paridade materna foi fator discordante, maior relação nas multíparas contra primíparas pela literatura. A idade materna pareceu não ter relação com DDQ. Recomenda-se o preenchimento correto dos prontuários, diagnóstico ultrassonográfico e tratamento precoces para todos os pacientes que apresentarem alterações semiológicas.

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Publicado

2020-07-20