PERFIL E NÍVEL DE CONHECIMENTO EM RELAÇÃO À DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS DOS JOVENS DA REDE PÚBLICA NA CIDADE DE CASCAVEL/PR
Resumo
Introdução: É de conhecimento geral que a iniciação sexual acontece cada vez mais cedo na nossa sociedade. De acordo com Gonçalves et al (2015) o índice de atividade sexual abaixo dos 14 anos chega em torno de 18,6% com pequena ou nenhuma diferença entre sexo masculino e feminino. Sabe-se que a iniciação precoce na vida sexualmente ativa traz algumas problemáticas e uma demanda de ação proativa da saúde pública para que haja um maior conhecimento acerca de doenças sexualmente transmissíveis e gravidez indesejada. Levando em consideração a grande prevalência de DST’s em nosso meio (DATASUS), e o fato de que a maioria dos adolescentes, apesar de conhecerem a importância do uso da camisinha, não a usam e acreditam que não exista problema com essa prática perigosa (PEREIRA, 2012), o Centro Universitário FAG iniciou um projeto que constituiu em distribuição de questionários acerca o conhecimento sobre DST`s no ensino fundamental, médio e técnico nas escolas da rede pública do município de Cascavel-Paraná. Objetivo: Traçamos o perfil de conhecimento dos jovens da rede pública em relação à Doenças Sexualmente Transmissíveis para que de alguma forma seja possível atuar de forma preventiva em relação ao número crescente de doenças. Metodologia: Um transversal e prospectivo através da aplicação de questionários voluntários e anônimos nos alunos do ensino fundamental, médio e técnico nas escolas da rede pública do município de Cascavel-Paraná. Nesse questionário contamos com as seguintes perguntas: Quais doenças sexualmente transmissíveis que você conhecia? (AIDS, Hepatite, HPV, Que causam ferida, Que causam corrimento), Você já fez rastreamento para alguma DST? (Sim, não), Como você obteve informações sobre DST? (Amigos, Parentes, Escola, Familiares, Internet), Você sabe onde procurar um serviço de saúde se suspeitar de DST? Foram coletados 853 questionários entre alunos de 15 a 18 anos, cujos resultados nos mostraram que 96% sabiam a respeito de doenças como AIDS, porém poucos (7%) já participaram de uma campanha de rastreio de DST. Conclusão: O número crescente de DST no município de Cascavel e no Brasil é um resultado da total falta de campanhas de promoção e prevenção à saúde voltadas aos jovens. Uma vez que o conhecimento é transformador, é imperativo que o Estado se preocupe mais com a saúde do jovem.