FÍSTULA ARTERIOVENOSA DE PUNHO VERSUS DE COTOVELO: DA FACILIDADE DE ACESSO AO FLUXO EM PACIENTES COM IRC
Resumo
No Brasil, estima-se que há mais de 126.000 pacientes em diálise. De acordo com esse demonstrativo, a insuficiência renal crônica (IRC) é classificada como uma doença de alta prevalência e morbidade, com queda da qualidade de vida. Em casos de pacientes portadores de IRC terminal, há a necessidade de um acesso vascular que permita a conexão da circulação do paciente ao circuito externo de hemodiálise. Sendo assim, o melhor alcance é do acesso que fornece um fluxo adequado, duradouro, facilmente obtido e com baixos índices de complicação. Por essa razão, as fístulas arteriovenosas (FAVs) são as que mais se aproximam de uma afluência ideal. Definidas como anastomoses de uma artéria com uma veia, as fístulas têm a finalidade de arterializar, por meio de uma técnica cirúrgica bem estabelecida, o leito venoso superficial e profundo, permitindo repetidas punções. Isso posto, o presente estudo resulta de pesquisa qualitativa, desenvolvida no período de julho a setembro de 2018, cujo eixo norteador concentrou-se na seguinte problemática: Quais os resultados da implantação das FAVs de punho e de cotovelo, considerando a facilidade do acesso e fluxo suportado pelas mesmas? A partir da observação de pacientes renais crônicos, dados foram coletados em entrevistas semiestruturadas, codificados, analisados e interpretados sob determinados descritores à luz do marco teórico de referência. Nesse sentido, o estudo comparativo-analítico entre a facilidade do acesso e o fluxo suportado entre as FAVs radiocefálica(punho) e a braquiocefálica(cotovelo) configura uma panorâmica do Programa Crônico de Diálise na Clínica Renalclin, no município de Cascavel, PR.