EDUCAÇÃO SEXUAL E SEXUALIDADE DE ADOLESCENTES: PRÁTICAS PEDAGÓGICAS EM TEMPOS DE ZIKA VÍRUS

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Resumo

O objetivo do estudo foi identificar e analisar as dificuldades dos professores na abordagem da educação sexual, assim como a relevância em discutir o Zika vírus neste contexto. Trata-se de uma pesquisa quanti-qualitativa na qual participaram 50 professores de duas escolas públicas estaduais de Sergipe, que responderam a um questionário semiestruturado. Foi utilizada a análise de conteúdo para criar as categorias e o teste exato de Fisher para verificar as relações entre as variáveis que compunham os fatores de dificuldades de abordar a educação sexual em sala de aula entre as duas escolas. Os resultados apontaram que 38% dos professores não abordam o tema sexualidade em sala ou não é feito de modo habitual (46%). Em ambas as escolas, as principais dificuldades relacionam-se a disciplina ministrada, material de apoio e alunos. As categorias criadas foram “Concepção dos professores sobre os fatores de dificuldades” e “Emergência Zika vírus na educação sexual”. Destacou-se o pouco conhecimento dos alunos sobre a Zika, contudo os professores também demonstraram desconhecer ou não estar conscientes da importância desta discussão. A abordagem de educação sexual ainda é escassa, centrada em áreas de conhecimento e repleta de dificuldades, requerendo o fomento a capacitação docente sobre a temática e seus agravantes.

Publicado

2020-06-30

Edição

Seção

Sociais e Humanidades